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Renata Souza (PSOL) recebe na Comissão de Direitos Humanos mães de jovens desaparecidos de clínica e que teriam sido mortos

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Renata Souza (PSOL) recebe na Comissão de Direitos Humanos mães de jovens desaparecidos de clínica e que teriam sido mortos

“A família precisa de respostas, precisa poder cumprir seu luto e enterrar os corpos de seus filhos”, afirmou a deputada Renata Souza (PSOL), que recebeu nesta quarta-feira, 03, as mães de Lucas Pereira da Silva, de 20 anos, e André Moraes de Paula, de 28. Ambos desapareceram em 10 de janeiro do Centro Terapêutico Salvando Vidas, em Itaguaí, onde estavam internados para tratamentos psiquiátricos. A Comissão de Direitos Humanos da Alerj, por meio de sua presidente, ofereceu os apoios possíveis.

Renata Souza informou a Débora, mãe de Lucas, e Jacilena, mãe de André; o encaminhamento do caso para investigação pelo Ministério Público; à Defensoria Pública, para assistência jurídica à família e oficiou a delegacia de homicídios da Baixada Fluminense. Além disso, colocou à disposição o serviço de atendimento psicológico para toda a família. “É uma perda tão grande que não temos dimensão. E, nesse caso, ainda há a inexistência dos corpos, o que impede os enterros dos filhos. Além do agravante da possibilidade de as fotografias de corpos carbonizados recebidas via o Disque Denúncia serem reais. É um absurdo”.


Lucas e André foram internados na clínica privada pelas famílias, pois sofriam de esquizofrenia e precisavam de tratamento. Segundo informações da clínica ambos fugiram do local. Mas outros pacientes contaram à família que eles intervieram numa agressão sofrida por um dos internos e acabaram agredidos pelos funcionários da clínica.


"Falaram que tinha um menino amarrado, que eles começaram a bater neles e meu filho (Lucas) foi tentar defender esse menino, falaram que era covardia. Aí ele ganhou um tapa no peito e foi enforcado e arriou. Nisso que ele arriou, o André tentou ajudar meu filho e também levou uma porrada".


“Vamos acompanhar o caso atentamente, não podemos considerar normal duas famílias levarem seus filhos para tratamento médico, confiarem nos serviços de profissionais e terem como resultado essas mortes. São mais dois jovens negros brutalizados e com mais duas famílias destroçadas pela lógica da desvalorização do corpo negro. Isso não pode persistir.”, afirmou Renata.