Rio - A deputada Renata Souza (Psol) esteve nesta segunda-feira na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, para registrar um boletim de ocorrência por conta das ameaças recebidas na última semana pela rede social Facebook. O agressor chegou a ameaçar a vida da parlamentar: "Você fala de mais (sic)...Vai perder a linguinha". No mesmo post afirmou: "Por isso que Marieli (sic) morreu".
Na saída da DRCI, a deputada falou com a imprensa. "É grave, afinal de contas, sou presidente da Comissão de Direitos Humanos que trabalha com vários temas graves de violação e não podemos subestimar qualquer tipo de ameaça. E esta é uma ameaça que cita inclusive Marielle Franco, sem dúvida nenhuma, a gente já perdeu uma parlamentar importante na cidade do Rio e precisamos que as autoridades policiais possam fazer uma investigação que traga para nós uma resposta contundente sobre esses criminosos", afirmou Renata.
De acordo com a parlamentar, essa foi a última de uma sequência iniciada no mês de abril. A deputada disse que comunicou as ameaças tanto ao governador em exercício, Cláudio Castro, quanto ao secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, e também o presidente da Alerj, André Ceciliano.
Segundo Renata, o delegado Pablo Sartori, titular da DRCI, identificou os crimes de injúria racial e de ameaça no conjunto das mensagens, e disse que que a investigação é fundamental para inibir os agressores e prevenir a sequência de crimes.
Ao ser questionada se mudaria o seu esquema de segurança, a deputada optou pela cautela. "Vou ver o que que as autoridades me indicam", disse. Renata afirmou que seguirá suas atividades enquanto deputada e não retrocederá em seu trabalho na Comissão de Direitos Humanos, onde atende várias pessoas ameaçadas e vítimas de violência.
"Esse é um trabalho muito importante e contundente à frente da comissão de defesa dos diretos humanos da Alerj. Além disso, sou ex-chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco, por isso acho que nenhum tipo de ameaça tem que ser subestimada, ela tem que ser investigada e é isso que a gente veio procurar aqui”, frisa a parlamentar.
O Dia