Quais livros você, leitor da Folha, indicaria nestes 200 anos de Independência?
Dicas vão de clássicos, como Graça Aranha, a atuais, como Ruy Castro
"Após a lista dos 200 anos, 200 livros, organizada pela Folha, perguntamos aos leitores que outras obras eles recomendam para entendermos melhor nosso país. Veja abaixo algumas indicações.
"Canaã", de Graça Aranha.
Valéria Félix (São Luís, MA)
A trilogia "1808", "1822" e "1889", de Laurentino Gomes, e "Capitães da Areia", de Jorge Amado.
Paulo Octávio Pacheco (Osasco, SP)
O escritor Rubem Fonseca, em 1975 - Paulo Moreira/Agência O Globo
"O Ódio como Política - A reinvenção das direitas no Brasil" (org. Esther Solano), "Minha Carne", de Preta Ferreira, "Educação contra a Barbárie" (org. Fernando Cássio), "Cria da Favela", de Renata Souza, todos da editora Boitempo. "Cartas Marcadas", de Dom Pedro Casaldáliga, "Dom José Maria Pires: Uma Voz Fiel à Mudança Social" (org. por Geraldo Lopes Sampaio), da editora Paulus.
Mauro Alexandre Pereira de Almeida (Rolândia, PR)
"O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues; "Olhai os Lírios do Campo" e "O Tempo e o Vento", de Erico Veríssimo; "Ciranda de Pedra", de Lygia Fagundes Telles; "O Quinze", de Rachel de Queiroz; "Ordem e Progresso", de Gilberto Freyre; "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco.
Franklin da Silva Gama (Salvador, BA)
"Os Tambores Silenciosos", de Josué Guimarães.
Laura Peixoto (Lajeado, RS)
Francisca Martins de Oliveira (Ariquemes, RO)
"História das Mulheres no Brasil", de Mary del Priore.
Ana de Alexandria (João Pessoa, PB)
"Sagarana", de Guimarães Rosa, "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector, "Retratos de Carolina", de Lygia Bojunga, "O Bem-Amado", de Dias Gomes, e "Caçadas de Vida e de Morte", de João Gilberto Rodrigues da Cunha.
O dramaturgo baiano Dias Gomes, autor de "O Bem-Amado" - Acervo UH/Folhapress
"Quarto de Despejo", de Carolina Maria de Jesus, "Úrsula" de Maria Firmina dos Reis, e todos os de Lima Barreto
Alda Valéria Pereira Lima (Brasília, DF)
Eu sugeriria "À Margem da História", de Euclides da Cunha, que seria o segundo livro vingador sobre a Amazônia, e os de divulgação científica, tão importantes para combater o negacionismo, como o de Natalia Pasternak e Carlos Orsi, "Ciência no Cotidiano".
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)
"O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, e "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha.
Sylvia dos Santos Nascimento Soares (Rio de Janeiro, RJ)
Escritor Jeferson Tenório, autor de "O avesso da pele", obra vencedora do prêmio Jabuti, que fala de relações entre pais e filhos e racismo estrutural na sociedade - Carlos Macedo/Divulgação
"A Guerra do Fim do Mundo", de Mario Vargas Llosa.
Nicolai Andrelowicz (Berlim, Alemanha)
"Mar Morto", de Jorge Amado, e "História Geral do Brasil", de Maria Yedda Linhares.
Bruno Inácio da Silva (Belo Horizonte, MG)
Os poemas de João Cabral de Melo Neto.
Renata Echeverria Martins (Recife, PE)
Cena do musical "Morte e Vida Severina", com direção de Elias Andreato, baseado na obra de João Cabral de Melo Neto - Divulgação
"Parceiros do Rio Bonito", de Antonio Candido.
Paulo Cesar Souza (Martinópolis, SP)
"Mauá - empresário do Império", de Jorge Caldeira; "João Goulart, uma biografia", de Jorge Ferreira; "América Latina, Males de Origem", de Manoel Bomfim.
José Roberto da Silva Lunas (Dourados, MS)
Indico três que são de leitura obrigatória para compreendermos o Brasil de hoje: "O Brasil no Espelho do Mundo", de Otto Maria Carpeaux, o sensacional "Preto no Branco", do brasilianista inglês Thomas Skidmore, e "A Ofensiva Reacionária", do lendário Nelson Werneck Sodré.
Marcos Antonio da Silva (Londrina, PR)
"O Brasil: território e sociedade no início do século XXI", de Milton Santos e María Laura Silveira.
Fernanda Delmonte (Rio de Janeiro, RJ)
"O que se Deve Ler para Conhecer o Brasil", de Nelson Werneck Sodré.
Norma Cortes (Rio de Janeiro, RJ)
"Quarup" (Antonio Callado), "Vidas Secas" (Graciliano Ramos), "O Cortiço" (Aluísio Azevedo) e "A Carne" (Júlio Ribeiro).
Nelson Luiz de Oliveira (Brasília, DF)
Folha de São Paulo