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O dia em que a deputada chorou

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O dia em que a deputada chorou

A deputada estadual Renata Souza (PSOL) tornou-se militante dos direitos humanos antes mesmo de ingressar na vida parlamentar. Ela é nascida e criada na Favela da Maré, Zona Norte do Rio. Eleita em 2018, foi a primeira mulher negra presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, onde chegou a disputar a prefeitura do Rio na última eleição. Quando tomou conhecimento da ação policial no Jacarezinho, quando morreram 28 pessoas, ela, imediatamente, abraçou a causa.

EMOÇÃO

Esta semana, a deputada foi pessoalmente ver de perto o estado de espírito dos moradores na favela. "A chacina é uma expressão cruel da miséria. Não ocorrem chacinas em áreas onde não existe pobreza. Para prevenir chacinas, além de uma segurança pública que garanta os direitos humanos, o Estado precisa fazer acontecer as políticas públicas pra juventude, pro combate à fome, para geração de emprego e renda, saneamento básico e moradia digna, saúde e educação", disse Renata Souza depois de conversar com a mãe de um dos mortos. Na comunidade, Renata esteve no pré-vestibular Nica, local que, em 2019, chegou a ser invadido pelo Bope. A deputada se emocionou com o relato de uma jovem coordenadora do pré-vestibular comunitário, Bianca Peçanha: "Levamos quatro anos para pôr 20 jovens na universidade. A polícia em dez horas matou 28". Renata se emocionou porque também entrou na universidade pela via do pré-vestibular comunitário da Maré. Lá chorou novamente em conversa com o jovem Léo, presidente da Associação de Moradores, quando ele disse que "só se fala que parte dos jovens que tinham passagem pela polícia, mas ninguém fala que muitos procuraram emprego e não tiveram essa oportunidade". 

O Dia