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Missa de 7º Dia de grávida morta em tiroteio no Lins é celebrada por padre Omar no Cristo Redentor

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Missa de 7º Dia de grávida morta em tiroteio no Lins é celebrada por padre Omar no Cristo Redentor

Segundo padre Omar, a morte de Kathlen foi “uma lógica que se inverteu”. O religioso pediu que “a violência urbana seja revista”:

— Essa é uma noite marcada por solidariedade e busca de resposta. Mas, de conforto junto ao nosso redentor. Que hoje, o nosso abraço seja a extensão do redentor. Essa mãe passa pela maior dor de perder um filho. A cada dia famílias perdem seus filhos. Mas, que gozemos de dias estáveis. Não podemos perder os nossos filhos dessa forma.

A madrinha de Kathlen, a esteticista Monique Messias, leu uma carta que dizia que “a vida precisa ser valorizada”. A secretária estadual de Vitimados, a tenente-coronel Pricilla Azeredo, acompanhou a missa. Ela disse ao EXTRA "que a pasta está acompanhando a família".

— Estamos oferecendo a assistência necessária. Inclusive, fizemos contato com o Ministério Público, e se for o caso e a família quiser, vamos acompanhar até a investigação virar inquérito — informou Azeredo.

No final, amigos da jovem abraçaram os pais e soltaram os balões brancos.

De onde partiu o tiro?

A Polícia Civil tenta identificar de onde partiu o tiro que atingiu a jovem. O que se sabe até agora é que ela foi alvejada por um único tiro de fuzil. No entanto, os investigadores querem saber se o disparo partiu da arma dos PMs ou dos bandidos. Até agora, 21 armas foram apreendidas para confronto de balística.

Na última semana, cinco dos 12 PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O grupo prestou esclarecimentos duas vezes para identificar possíveis contradições. Durante essa semana, os outros envolvidos na ação prestaram esclarecimentos.

Na última sexta-feira, a PM afastou os agentes das ruas. Até o fim do inquérito eles farão trabalhos administrativos. No último sábado, o comandante da UPP Lins foi destituído da cadeira. A PM alega que é uma troca de rotina.

Deputada protocola ofício no Ministério Público

A deputada estadual Renata Souza protocolou, na última sexta-feira, uma representação no Ministério Público estadual na qual cobra a investigação do caso para a identificação e responsabilização dos envolvidos na morte da jovem grávida.

A parlamentar protocolou o ofício ao procurador Procurador-Geral de Justiça, Luciano Oliveira Mattos de Souza, solicitando "a adoção de medidas cabíveis no sentido de garantir a realização de uma investigação transparente e diligente, a fim de apurar os fatos narrados que, em sendo comprovados, possam ensejar: a responsabilização das condutas individuais dos agentes envolvidos na operação; a responsabilização de toda a cadeia de comando dessa operação policial, incluindo o chefe do Poder Executivo, bem como eventual prática de improbidade administrativa e crime de desobediência"

Extra