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Lula faz caminhada no CPX do Alemão, mobiliza moradores e promete mais avanços às favelas

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Lula faz caminhada no CPX do Alemão, mobiliza moradores e promete mais avanços às favelas

A Estrada do Itararé é uma das principais vias do Complexo do Alemão. Ligando o bairro de Ramos à Inhaúma, a avenida, que contorna um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, vive um cotidiano de muito movimento de pessoas. Na última quarta-feira (12), o asfalto cinza deu lugar a um mar de pessoas que vieram por um único motivo: ver Luiz Inácio Lula da Silva.

Candidado à presidente do Brasil pelas eleições de 2022, Lula chegou ao Complexo do Alemão por volta das 10h da manhã. A movimentação, que já era intensa, ficou maior quando o ex-presidente desceu do carro. Seguidores gritaram o seu nome e tremularam bandeiras enquanto o ex-presidente era recebido por Renê Silva, CEO do jornal Voz das Comunidades, e Anielle Franco, do Instituto Marielle Franco e irmã da vereadora assassinada.

Logo após isso, conversou com lideranças de comunidades do Rio de Janeiro. O encontro contou com nomes como Buba Aguiar, do coletivo Fala Acari, Alan Brum do Raízes em Movimento e Camila Santos (Camila Moradia), do Mulheres em Ação do Alemão. Do cenário político, Marcelo Freixo, o prefeito Eduardo Paes, Alessandro Molon, Mônica Cunha e Renata Souza estiveram presentes. Figuras icônicas como Chico Pinheiro e Valesca Popozuda também estavam no encontro com Lula. O ex-presidente recebeu de presente dos voluntários do Voz das Comunidades, um boné com as letras “CPX”, (Sigla de “complexo”), representando as comunidades do Rio de Janeiro.

 

 Quando Lula iniciou a caminhada, a aglomeração era imensa. Ninguém queria perder nada do evento. Ao lado de Renê Silva, Camila Moradia, Freixo, Eduardo Paes, além de outros líderes e celebridades, o presidente rumou pela Estrada do Itararé. Logo no início da caminhada, Lula tomou o microfone e, em um rápido discurso, relembrou das obras que o Complexo do Alemão recebeu com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante o seu governo. O ex-presidente também alfinetou o adversário sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo. O público vibrou.

Em frente ao Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, Lula saudou a bateria da Imperatriz Leopoldinense. O presidente beijou o pavilhão da escola e tremulou a bandeira. Do outro lado da rua, uma faixa de 9 metros de altura, com os dizeres “Vote por Marielle Franco” foi estendida a partir de uma varanda. O candidat saudou a mensagem.

Mais tarde, o Lula chegou ao Largo do Itararé, onde um caminhão de som o aguardava, e logo subiu no palanque junto com políticos, líderes e artistas como Camila Pitanga e seu pai, Rocco Pitanga. Antes do discurso mais esperado, figuras públicas falaram um pouco não só com Lula, mas também com quem acompanhava. Por fim, o candidato à presidência tomou a palavra sob aplausos da multidão.

Em discurso, Lula foi enfático. Mesmo com a agenda apertada, o ex-presidente expressou a mensagem de seu governo de forma completa. Prometeu olhar mais às favelas, recriar o Ministério da Cultura, extinto em 2019, validou o investimento em saúde e aumento do salário mínimo e igualdade salarial entre homens e mulheres. O candidato também comentou em aumentar investigações sobre o garimpo ilegal, além de afirmar a importância do investimento em educação. Graças às políticas públicas implementadas enquanto era presidente, atualmente negros e pardos são maioria nas universidades públicas, segundo ele. 

Lula se despediu da favela, com a certeza do abraço acalorado dos moradores presentes. Mesmo com a dispersão, o clima ainda era de festa na Estrada do Itararé. A favela desceu e depois voltou pra casa, com a esperança reforçada de que amanhã vai ser outro dia.

Voz da Comunidade

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