Líderes de favelas cobram aprovação da Lei Kathlen Romeu, contra uso de 'tróias'
Representantes do governo do Estado do Rio receberam, na manhã desta terça-feira, 30 líderes de favelas da capital, Baixada Fluminense e São Gonçalo, integrantes da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), para debater demandas e reivindicações dos problemas mais graves enfrentados pela população.
No mês em que se comemora o Dia Nacional das Favelas, a deputada estadual Renata Souza (PSOL) articulou o encontro com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), para que fosse cobrada a aprovação do PL Kathlen Romeu (463/21). O projeto, de autoria de Souza, homenageia a jovem morta por um tiro de fuzil no Complexo do Lins, zona norte da cidade.
Além da proibição das ações chamadas de “tróias”, que são as tocaias realizadas por policiais durante operações, o texto defende a tese de que a prática seja considerada infração administrativa grave, passível de demissão independentemente da responsabilização civil ou penal do agente público.
A reunião no Palácio Guanabara contou com a presença de Max Lemos, secretário da Infraestrutura, Matheus Quintal, secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Uruan Cintra, secretário de Cidades, e do deputado Márcio Pacheco (PSC), líder do governo na Alerj.
Outras demandas apresentadas pela Faferj incluem a implementação de câmeras nos uniformes dos policiais, reabertura dos Restaurantes Populares, obras de urbanização e saneamento básico.
O governo não se comprometeu a cumprir nenhuma demanda imediatamente, mas garantiu que dará andamento aos debates em torno das demandas apresentadas. O encontro foi considerado um passo importante para abertura de diálogo da Faferj com o governo estadual. Desde a posse de Wilson Witzel (PSC) o movimento era ignorado pelo governador.
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