Insultos a congolês assassinado enfrentam resposta dobrada na Justiça
Em encontro separado com o defensor regional de Direitos Humanos da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro, Thales Arcoverde Treiger, a OABRJ foi interlocutora da família de Moïse na elaboração de medidas jurídicas patrocinadas pela DPU em resposta aos insultos proferidos pelo presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, por meio do Twitter, na sexta-feira, dia 11. As ofensas foram divulgadas um dia depois de um representante do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos reunir-se com a família na Seccional para oferecer apoio.
A família será autora de uma ação cível de caráter coletivo contra Camargo e a Fundação Palmares, já que o presidente da fundação investiu-se do cargo para se expressar.
“Moïse nunca foi vagabundo, só não conseguia emprego aqui. Eu, ele e Djodjo imprimimos currículos e distribuímos na orla toda de Copacabana e da Barra há uns dois meses, mas ninguém chamou”, lamentou Sammi Magbo.
A comissão estuda se cabe medida criminal e se é o caso de registro na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Participaram do encontro os senadores Humberto Costa (PT/PE) e Fabiano Contarato (PT/ES), membros da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado; os deputados federais Carlos Veras (PT/PE) e Orlando Silva (PCdoB/SP) e a deputada federal Vivi Reis (Psol/PA), ligados à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados; e as deputadas federais Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e Talíria Petrone (Psol/RJ) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB/RJ).
Do âmbito estadual e municipal, estiveram presentes a deputada estadual Renata Souza (Psol/RJ) e os vereadores Tainá de Paula (PT/RJ) e Professor Josemar (Psol/São Gonçalo). A oficial de Direitos Humanos Paula Simas Magalhães representou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
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