Festival do Livro do Rio começa nesta quinta, com debate sobre elitismo histórico-cultural
Começa nesta quinta-feira (5) e vai até sábado (7) a segunda edição do Festival do Livro do Rio de Janeiro (FLIV-RIO). O evento contará com a presença dos escritores e jornalistas Franklin Martins e Cesar Calejon, este último autor do recém-lançado Esfarrapados, livro que ficou entre os mais vendidos da categoria na Amazon.
Serão mais de 40 editoras apresentando títulos com até 30% de descontos. E, além de palestras e ofertas de acervo literário, a programação dos três dias da FLIV-RIO inclui música, teatro, comida de boteco e cerveja gelada.
O evento acontecerá no Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sinttel-Rio), que promove o festival junto com o Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio). “O FLIV-Rio é esse palco para congregar o pensamento progressista e manter unidos academia, movimento sindical, ativismo, toda a sociedade civil, deixando a produção literária guiar a discussão”, explicou o idealizador do festival e diretor do Sinttel-Rio, Francisco Izidoro.
O secretário de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Damarindo, comemora a realização da Feira do Livro do Rio, organizada por sindicatos. “É um espaço não apenas de compra de literatura, mas de troca de conhecimento, com debates políticos fundamentais, sobretudo com o avanço do negacionismo sofrido pela sociedade nos últimos anos”, observou. Ele ainda incentivou a todos e todas, que puderem, a participar das palestras e aproveitar o acerto que será oferecido pelas dezenas de editoras. “Com as novas formas de leitura digital e rápida instigada pela popularização das redes sociais, o livro, tanto físico como digital, é uma boa pedida para enriquece nosso arcabouço cultural, além de incentivar os escritores a continuarem o importante trabalho deles”, completou.
Palestras
Na sexta (6), acontecerá a palestra de Franklin Martins sobre sua obra “Quem Foi Que Inventou o Brasil”, trabalho de pesquisa que aborda a invenção do país pela música e o papel dessa arte na formação do Brasil como nação independente.
Ainda na sexta será realizado outro debate, desta vez, sobre os 80 anos de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com as seguintes questões como mote: A estratégia patronal de desmontar a legislação trabalhista teve um ponto alto na reforma de 2017. Há esperança de reversão?
No sábado (7), será a vez de Cesar Calejon palestrar ao lado do juiz Rubens Casara e da deputada estadual Verônica Lima sobre como o elitismo histórico-cultural moldou as desigualdades no Brasil. O grupo irá discutir também assuntos atuais, como o privilégio de classe, que envolveu o “punhetaço coletivo” durante o jogo de Vôlei, por alunos de medicina da UNISA.
5ª – 05 outubro
10h
DEBATE / AUDITÓRIO
Controle das Plataformas Digitais: normas, diretrizes e mecanismos.
Márcio Patusco
Flávia Lefèvre
MEDIAÇÃO: Marcello Miranda
RODA DE CONVERSA
Cria da Favela
Renata Souza
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS – Cria da Favela: Resistência à militarização da vida. ED. BOITEMPO
14h
Contraf