Estou impactada com as imagens que mobilizaram o Rio de Janeiro essa manhã. Como toda a população, acredito que a preservação da vida dos reféns é fundamental. O ideal, no entanto, seria que não houvesse mortes.
Considero inaceitável comparar essa situação extrema e de limite com as ações policiais nas favelas do Rio. Não é razoável a utilização de helicópteros como plataforma de tiros e o alto índice de confrontos nas favelas e periferias do estado.
O que se espera das forças policiais é que ajam com racionalidade e o uso progressivo da força como regra e não como exceção, o que não aconteceu nas últimas semanas, quando ao menos sete jovens foram executados em circunstâncias que devem ser elucidadas.
Por isso, qualquer tipo de celebração é uma postura inaceitável. Não comemoraremos nenhuma tragédia.
Toda a solidariedade aos 37 reféns e aos familiares de Willian. Ninguém quer ver um filho morto.