Deputados do Rio entram na lista de golpistas
Golpes envolvendo aplicativos de mensagens estão cada vez mais populares. Dessa vez, dois deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foram vítimas nesta quarta-feira (14).
A deputada do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Renata Souza, foi vítima pela segunda vez. Um golpista teria usado um número qualquer e a partir de um aplicativo de mensagens estaria usando a foto da parlamentar. De acordo com a equipe da deputada, os criminosos entraram em contato com a mãe dela, que chegou a fazer um pix no valor de R$ 160.
A parlamentar chegou a fazer um alerta para amigos e pessoas da própria equipe alertando sobre o golpe.
“Lamentavelmente estão novamente utilizando meu nome e supostamente meu número para pedir dinheiro. Por favor, não enviem qualquer quantia em meu nome. Isso é golpe antigo, mas infelizmente ainda funciona. Se você foi contatado, por-favor, me avise para contribuir com a investigação”, disse a parlamentar que reiterou que irá registrar o caso na polícia.
O deputado Danniel Librelon (Republicanos), foi outro alvo dos bandidos, que fizeram uso da imagem do parlamentar para fazer contato com a equipe do gabinete e também com a esposa dele.
De acordo com a equipe de Librelon, os criminosos entraram em contato através de um número que estava com a foto dele. Na mensagem, ele pedia para agendar o número novo com a desculpa de que o aparelho havia caído e danificado a tela, e que o mesmo iria ficar na assistência por quatro dias.
Desconfiadas, as funcionárias do gabinete logo fizeram contato com o parlamentar que desmentiu a história. Os golpistas, ainda conseguiram enviar uma mensagem para a esposa do deputado contando a mesma história. O parlamentar usou as redes sociais para esclarecer sobre o golpe e que não havia trocado de número.
Como proceder
Marcus Seixas, professor de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), atenta que golpes como esses, apesar de serem velhos conhecidos, ainda fazem vítimas. Segundo ele, algumas providências podem ser tomadas para evitar na fraude.
“Golpistas sempre existiram e com o passar do tempo eles acabam aprimorando os golpes. A primeira orientação é ligar para a pessoa para confirmar ou não a história e, assim, não agir por impulso. Caso não consiga contato direto, tente uma pessoa próxima”, orientou.
O especialista atentou para a ativação em duas etapas do aplicativo de mensagens.
“Além dessa ferramenta, o usuário também pode combinar com as pessoas mais próximas uma senha ou um código para que seja identificado que se trata de um momento de emergência e não um golpe”, destacou.
Plantão Enfoco