Deputadas e vereadoras manifestam apoio à assessora vítima de transfobia
Ariela Nascimento teve o braço faturado após ser agredida por ao menos cinco homens
Rio – Diversas vereadoras e deputadas manifestaram apoio a Ariela Nascimento, assessora da vereadora Benny Briolli (Psol-Niterói), que denunciou ter sido alvo de transfobia e agressões em um bar de Cabo Frio, na Região dos Lagos, na madrugada de domingo (5).
Segundo o relato de Ariela, pelo menos cinco homens a atacaram física e verbalmente. Ela, que estava junta ao namorado, teve o braço fraturado e ficou com diversos hematomas pelo corpo.
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Em texto publicado nas redes sociais, a deputada estadual Renata Souza (Psol) deu detalhes sobre os desdobramentos do episódio. "Uma rede de apoio, formada por pessoas trans e não-binárias, apoiou o casal em todos os momentos, desde os atendimentos hospitalares até os trâmites da denúncia. Junto ao Centro de Cidadania LGTBI+ da Baixada Litorânea, nosso mandato prestou acolhimento e garantiu suporte jurídico, social e posteriormente psicológico para as vítimas dessa brutal violência", afirmou.
"Nosso mandato acompanha o caso na figura de Theo Silveira, que esteve com o casal durante todo o dia de hoje, e seguiremos no apoio às vítimas, lutando por justiça e reparação. Transfobia é crime!", completou Renata.
A deputada federal Talíria Petrone (Psol) também se pronunciou: "Absurdo o que aconteceu com Ariela. Ariela foi alvo de transfobia, com agressão verbal e física em um bar de Cabo Frio. Ela estava com o namorado. No hospital, novamente ela foi desrespeitada. Nossa solidariedade a ela. Transfobia é crime!", disse, mencionando a denúncia de que Ariela também teria sido vítima de preconceito por parte de um segurança da unidade hospitalar.
Monica Benício (Psol), vereadora pelo Rio de Janeiro, lamentou o caso e se colocou à disposição da assessora: "Nós, LGBTs, raramente conseguimos só comemorar. Triste e indignada com mais um episódio de agressão a pessoa trans. Ariela Nascimento, receba meu carinho e solidariedade. Estamos à disposição para ajudar no que for preciso".
Através de suas redes sociais, o Psol se manifestou a respeito da agressão: "Toda nossa solidariedade a Ariela Nascimento, mulher trans assessora do mandato de Benny Briolly, que foi brutalmente agredida quando estava em um bar de Cabo Frio (RJ) com seu namorado, que é um homem trans. Não deixaremos este caso ficar impune: Transfobia é crime!", afirmou.
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A Câmara Municipal de Niterói, em que Benny é parlamentar, disse que tomou ciência dos fatos, reafirma seu compromisso com o respeito aos direitos dos cidadãos e que está "acompanhando as informações e aguardando mais detalhes para quaisquer providências que possam ser necessárias".
Ariela Nascimento contou como foi a agressão em um bar. "Um homem cis começou a proferir comentários transfóbicos e violentos, o que nos deixou extremamente desconfortáveis e ameaçados. Quando decidimos sair e voltar para casa, fomos surpreendidos por um grupo de homens cis que me atacaram covardemente. Eles me agrediram com chutes e golpes de madeira, e meu namorado, Bruno, também foi ferido ao tentar me proteger", disse.
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Em seguida, a assessora afirmou que foi até o hospital, onde teria sido novamente vítima de transfobia.
O caso foi registrado na 126ªDP (Cabo Frio). Segundo a Polícia Civil, investigações estão em andamento para identificar os autores das agressões e esclarecer todos os fatos.
Novo caso
A vereadora Benny Briolli, com quem Ariela trabalha, já foi vítima diversas vezes de transfobia e outros episódios envolvendo preconceito, racismo e intolerância religiosa.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TER-RJ) condenou, na última quinta-feira (2), o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) pelo crime de violência política de gênero contra a vereadora, em março de 2022.
Na ocasião, em discurso na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ele se referiu à parlamentar como “boi zebu” e “aberração da natureza”. Para o relator da ação penal, o desembargador Peterson Simão, ele “Dolosamente humilhou e constrangeu em grau máximo a vítima justamente em seu aspecto mais sensível, a autodeterminação, na medida em que lhe recusou a condição de mulher".
O Dia
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