Deputada Renata Souza e outras 70 mulheres ficam encurraladas na Maré durante tiroteio: 'Desesperador'
Episódio interrompeu evento sobre impacto da violência armada na comunidade, que contava com a presença de pesquisadoras do exterior
Rio - A deputada Renata Souza (Psol) e outras 70 mulheres que participavam de um evento sobre impacto da violência armada na Maré, Zona Norte do Rio, ficaram encurraladas durante um tiroteio na comunidade, na tarde desta sexta-feira (14). Por causa do intenso tiroteio, algumas delas tiveram que deitar no chão da ONG Casa das Mulheres da Maré, onde o evento estava sendo realizado
Renata disse que a situação foi desesperadora e que as mulheres presentes, entre elas pesquisadoras do exterior, estavam acuadas e com medo. Em suas redes sociais, a deputada criticou o planejamento feito pela Polícia Civil. "Desesperador! Terror é o que estamos vivendo na Maré até agora. Mulheres e crianças com crise de pânico. A irracionalidade de confronto mostra a falta de inteligência, informação e prevenção. Não há política de segurança, enquanto dar tiro for usado estratégia", disse.
Ela também gravou vídeos de dentro da ONG no momento do tiroteio. Veja imagens:
A parlamentar entrou em contato com o governador Cláudio Castro e questionou a atuação dos policiais. "Esse é o terror cotidiano que moradores das favelas do Rio de Janeiro são expostos diariamente. Nossas vidas negras importam?", indagou no seu perfil.
Segundo a Polícia Civil, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), que fazem ações diárias no entorno do Complexo da Maré para evitar que cargas roubadas entrem na comunidade, foram atacados a tiros por criminosos da localidade, na Avenida Brasil, em um dos acessos à Nova Holanda. Uma viatura foi atingida com quatro tiros de fuzil.
Os policiais perseguiram os criminosos, que escoltavam uma carga roubada de polietileno, no valor de R$ 2 milhões, e que foi recuperada no interior da antiga garagem de uma empresa de ônibus desativada, na entrada da comunidade. Durante o confronto, os policiais tomaram conhecimento de um atendimento com defensores públicos na comunidade ao lado, no Parque União, e se ofereceram para retirar eles do local.
O Dia
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