Depois de Ludmilla, deputados do Rio negam medalha para o rapper Emicida
Após a polêmica votação desta terça-feira (14), na Assembleia do Rio, com a rejeição da concessão da medalha de honra para a cantora Ludmilla, a confusão do dia entre os deputados estaduais foi provocada pela votação da Medalha Tiradentes para o músico Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida.
A medalha mais importante da Casa foi negada ao rapper, com 22 votos contrários e 19 favoráveis. O projeto de resolução era da deputada Renata Souza (PSOL).
Parece um disco arranhado, mas a playlist se repetiu: Alan Lopes (PL) pediu a verificação de votos, e uma longa discussão tomou conta do plenário. Parlamentares da direita recitaram letras de músicas de Emicida com críticas às forças policiais e consideraram inaceitável a concessão da medalha.
Entre declarações de voto e questões de ordem, direita e esquerda entraram em um embate ideológico e foram retomadas as ofensas e ataques de ontem. Só nessa brincadeira, os parlamentares gastaram mais de uma hora e meia de trabalho no plenário do Alerjão.
Há tempos o deputado Luiz Paulo (PSD) é um dos que suplica para que o problema tenha fim. A proposta é para que cada parlamentar seja responsável, individualmente, pelas medalhas que indicarem. Para isso, uma resolução precisará ser aprovada pelo colégio de líderes.
Na última legislatura, todos os parlamentares entraram em acordo para que não fosse solicitada a verificação de votos para as medalhas. Mas, em 2023, está claro que o acordo venceu seu prazo de validade.
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