DCE da PUC-Rio denuncia caso de racismo e discriminação de gênero dentro de sala de aula
O DCE da PUC Rio fez uma carta aberta denunciando discriminação racial e assédio de gênero, que em junho já teria sido formalizada no Departamento de Ciências Sociais da universidade (carta aberta abaixo). É que uma aluna de mestrado em Ciências Sociais está sendo, segundo a denúncia, perseguida por um professor, docente da disciplina Teoria do Brasil, desde maio.
Em junho, a Frente Antirracista, o Coletivo de Alunos Pretos do PPGCIS e a Turma de Mestrado 2021 PPGCIS, todos da PUC-Rio, encaminharam uma denúncia formal de racismo, em caráter de urgência, para departamento de Ciências Sociais da universidade. Pediam adoção de políticas antirracistas. Na carta, uma denúncia de constrangimento, perseguição, e assédio moral, de cunho racista e sexista contra uma aluna negra. Ainda segundo a carta, o fato ocorrido no dia 27 de maio contra ela não teria sido isolado.
Neste dia, diz a carta, a aluna foi interrompida e agredida verbalmente pelo professor, que, em tom elevado, teria teria afirmado que "as contribuições dela não teriam qualquer argumento teórico-sociológico válido ou embasamento político que pudesse ser considerado", razão pela qual ela não podreia falar mais nada. O docente é acusado ainda de intimidar a aluna por email e de ter comportamento agressivo quando questionado por discentes pretos e afroindígenas sobre a ausência de debate ético-racial nas discussões propostas.
A carta é assinada por diversos coletivos, diretorios e centros acadêmicos, União Estadual dos Estudantes do Rio, pelas deputadas Renata Souza, Talíria Petrone e Monica Francisco.
O Globo