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CPI do reconhecimento facial promete grandes embates na Assembleia do Rio

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CPI do reconhecimento facial promete grandes embates na Assembleia do Rio

A Assembleia Legislativa do Rio instalou, nesta quarta-feira (14), a CPI do reconhecimento facial nas delegacias. O grupo nem começou os trabalhos efetivamente, mas a composição da turma já aponta para grandes conflitos.

O uso de reconhecimento facial na segurança é pauta antiga da deputada Renata Souza (PSOL), que propôs a formação da comissão. A parlamentar parte de indícios de racismo no procedimento, que passou a ser cada vez mais recorrente depois de portarias que estabeleceram indicadores quantitativos de prisões para medir a "produtividade" das delegacias.  

Quem pode colocar água no chope da psolista é o bolsonarista Márcio Gualberto (PL), presidente da Comissão de Segurança, que acabou com a relatoria da comissão. Diferentemente de Renata, Gualberto é defensor da ferramenta para identificação de criminosos.

Ao lado de Anderson Moraes (PL), o deputado programa para o fim do mês uma série de debates sobre o uso da tecnologia para prender criminosos. Gualberto quer implementar a ferramenta pelos transportes públicos, com foco na rede interestadual de ônibus, nos trens e no metrô. A ideia seria reduzir a circulação de pessoas condenadas por crimes graves em espaços públicos.

Também está no radar dos bolsonaristas a ideia de criar um banco de dados, a ser locado numa central na Polícia Civil, com fotos de frequentadores de shoppings e de transportes públicos.  

Completam a CPI do reconhecimento facial Dani Balbi, Verônica Lima, Marcelo Dino, Julio Rocha e Thiago Rangel. Munir Neto ficou com a vice-presidência do grupo de trabalho.

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