O coronel da reserva da Polícia Militar e ex-comandante geral da corporação, Ibis Pereira, não quer saber de ostentar a mesma honraria recebida por Adriano Nóbrega, acusado de chefiar o Escritório do crime — quadrilha apontada como responsável pela execução dos assassinatos de Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes.
O ex-capitão do BOPE recebeu a Medalha Tiradentes em 2003, por indicação do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL) — que também empregou em seu gabinete a mãe e a mulher de Adriano.
Ibis está nomeado no gabinete da deputada Renata Souza (PSOL), que vai dar entrada ainda hoje em um projeto para revogar a homenagem ao foragido da Justiça, como mostrou a coluna de Marina Caruso.
O moço usa diariamente sua medalha, mas pretende devolvê-la caso a Assembleia não aprove o projeto da chefe:
"Eu tenho muito orgulho dessa homenagem e vou me entristecer se tiver que chegar a esse ponto, mas me sinto muito desconfortável em ter a mesma medalha que essa pessoa", diz ele, em referência ao miliciano.
Jornal Extra