O Cidade Integrada, o novo projeto de ocupação de comunidades do governo estadual do Rio de Janeiro, começou nesta quarta-feira (19), com operações por toda cidade.
A comunidade do Jacarezinho, na zona norte da região metropolitana do Rio, foi ocupada na manhã de hoje (19) por 1.200 policiais. Até o fim da tarde, outras favelas também receberão ações semelhantes, como parte do Cidade Integrada.
A iniciativa está sendo prometida como uma versão reformulada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), criadas em 2008, e as operações também aconteceram em áreas dominadas pela milícia, como em Muzema, na zona oeste.
O governo do Rio de Janeiro ainda não deu detalhes do projeto, uma forma de proteger as informações sigilosas das operações. Porém, para esclarecer as ações do Cidade Integrada, o governador convocou uma entrevista coletiva no sábado (22).
O Cidade Integrada será implementado no Jacarezinho, Muzema/Tijuquinha/Morro do Banco (Itanhangá), Complexo da Maré, Rio das Pedras (Jacarepaguá), Pavão-Pavãozinho/Cantagalo.
A intenção de reformar o projeto adotado pelas UPPS foi anunciada em maio do ano passado pelo governador Cláudio Castro, que na ocasião não deu maiores detalhes.
A repercussão da ação
Desde o início da manhã (19), internautas nas redes sociais estão repercutindo as ações da polícia nas favelas do Rio de Janeiro.
A surpresa com o tamanho e as ambições da operação Cidade Integrada foi relatada por diversas pessoas nas redes sociais. Nem mesmo o prefeito da cidade tinha conhecimento sobre os eventos, o que foi confirmado por Eduardo Paes.
A plataforma Fogo Cruzado, importante instituto de pesquisa sobre violência urbana da cidade, por exemplo, questionou os parâmetros de escolha das comunidades que receberiam operações.
A vereadora carioca, Renata Souza, relatou abusos da polícia durante a operação.
Outros internautas falaram sobre as semelhanças com o programa das UPPs, cujo resultado não foi a redução da violência nas favelas e tampouco o combate ao tráfico.
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