Ausência do Estado marca reunião sobre letalidade policial nas favelas
Uma audiência pública, na manhã desta quarta-feira, para discutir a ADPF 635, que trata de operações violentas nas favelas do Rio de Janeiro, ficou marcada pela ausência de representantes do governo estadual e do próprio Ministério Público Estadual.
A deputada Renata Souza (PSOL) classificou como uma “afronta” a falta de interesse de ambos para discutir a letalidade policial nas favelas do Rio. De acordo com o laboratório de dados Fogo Cruzado, das dez últimas grandes chacinas ocorridas no Rio, campeão nacional neste ranking, oito foram cometidas pelas polícias depois da entrada da ADPF em vigor, em 2019.
Esteve na pauta do encontro críticas ao arquivamento de inquéritos, pelo MP estadual, referentes aos assassinatos cometidos por policiais nas favelas. A parlamentar também denunciou a redução em mais de 90% da verba para investimentos em investigação.
Mães de vítimas também estiveram na reunião, e relataram cansaço "com reuniões, ainda que bem intencionadas, que não salvam uma vida sequer", segundo Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.
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