Ato na Alerj marca o Dia do Orgulho LGBTQIA+
No local, pessoas seguravam cartazes com dizeres como: 'Não é sobre escolha, é sobre a sorte de ser'
Rio - Um ato para comemorar o Dia do Orgulho LGBTQIA+ aconteceu nesta tarde na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A caminhada seguiu até a Cinelândia. No local, ativistas carregavam bandeiras representando a comunidade LGBTQIA+.
Além disso, pessoas seguravam cartazes com dizeres como: "Não é sobre escolha, é sobre a sorte de ser" e "Vidas LGBTQIA+ importam". Alguns também pediam a saída do presidente Bolsonaro.
Durante o ato, foram distribuídos materiais de prevenção à doenças sexualmente transmissíveis e à covid-19. Além disso, também haverá testes rápidos para HIV.
Estiveram no local também a defensora dos Direitos Humanos e deputada estadual Renata Souza, o vereador do Rio, Tarcísio Motta.
Ativistas premiados
O Prêmio Cidadania, Direito e Respeito às Diversidades foi entregue, nesta segunda-feira (28), data em que se comemora o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+, para seis ativistas do movimento no estado do Rio de Janeiro. A solenidade traz representatividade e visibilidade para pessoas LGBTQIA+, além de promover o respeito, a inclusão e a tolerância às diferenças. A edição foi realizada de forma virtual e conduzida pela deputada Enfermeira Rejane (PCdoB).
"Esse segmento tem sobrevivido em um país intolerante, preconceituoso e homofóbico. É de suma importância realizarmos um evento que prestigie quem tem lutado com tanta determinação, garra e força para combater o preconceito e defender a diversidade. É preciso lutar pela visibilidade por oportunidades no mercado de trabalho", comentou Rejane, autora do Projeto de Resolução 517/17 que criou o prêmio, que é concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2017.
No encontro, o diretor da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (UNA LGBT-Rio), Andrey Lemos, destacou que os crimes contra a comunidade LGBTQI+ têm crescido no Brasil. Só no ano passado, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 175 pessoas transexuais foram assassinadas no país. O número representa um aumento de 29% dos casos se comparado com o ano de 2019.
"Não cabe mais vivermos isso no Século 21. Lutamos pela liberdade de amar, construindo caminhos de afeto e solidariedade. Um prêmio como esse representa a valorização de quem atua no combate a esses crimes", frisou.
O Dia