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ALERJ INSTALA FRENTE PARLAMENTAR DE COMBATE AO HIV/AIDS

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ALERJ INSTALA FRENTE PARLAMENTAR DE COMBATE AO HIV/AIDS

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) instalou, nesta terça-feira (14/12), a Frente Parlamentar de Combate ao HIV/AIDS, o Preconceito e o Estigma em Conjunto, no auditório do Edifício Lúcio Costa, sede do Legislativo fluminense. Presidida pela deputada Renata Souza (PSol), a Frente visa a fazer audiências públicas e consolidar, principalmente durante a pandemia, um atendimento mais efetivo às pessoas que têm o vírus.

"É importante dizer que há muito preconceito e discriminação com as pessoas que têm o vírus, que vivem em uma situação de vulnerabilidade também por conta desse preconceito. Ao virar prioridade máxima, a pandemia passou a invisibilizar aqueles e aquelas que vivem com HIV e AIDS. Essa Frente pretende estimular e provocar o governo do estado a produzir campanhas que façam sentido para a população", destacou a parlamentar.

De acordo com dados retirados do Boletim Epidemiológico da Gerência de IST/Aids da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro, entre 2018 e 2020, foram registrados 5.266 novos casos, em homens e mulheres de 15 a 29 anos. A representante da pasta, Juliana Rebello, explicou que a pandemia contribuiu para agravar o tratamento das pessoas que vivem com a doença.

"Os profissionais que cuidam das pessoas que vivem com a doença tiveram que ser realocados e disponibilizados para o tratamento da Covid, então parte dos municípios e dos serviços de saúde tiveram equipe reduzida e tivemos espaçamento entre as consultas, redução do diagnóstico, da retirada de medicamentos e consequentemente do número de pessoas com carga viral indetectável. Hoje, já estamos em um cenário de retorno desses profissionais, mas para a retomada completa do cuidado dessas pessoas, será exigido um esforço muito grande", afirmou Juliana.

Participante da reunião, Márcio Villard, membro do Fórum ONG/AIDS do Estado do Rio, salientou a importância desse trabalho: "Essa Frente é super importante neste momento que estamos vivendo, de recrudescimento da epidemia de HIV, quando vemos a população sem informação e sem campanhas, com uma assistência deficitária. Precisamos trabalhar na luta contra o preconceito e o estigma, pois isso sim é muito complexo. Não tem remédio, não tem fórmula, é um trabalho gradual, e a Frente Parlamentar vai ser importante nesse sentido e vai auxiliar com projetos e com audiências públicas."

A deputada Martha Rocha (PDT) e o deputado Carlos Minc (PSB) também são integrantes do colegiado.

Alerj

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